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Campo Grande, quarta-feira, 03 de janeiro de 2024.

não ao cigarro!

Enfermeira Pâmela Ribeiro, da USF do bairro Alves Pereira, descobre método inovador para incentivar paciente a largar o cigarro

Por Gilson Giordano em 19/08/2021 às 15:31

Enfermeira Pâmela Ribeiro Ramos lançou a ideia que foi abraçada por todos os servidores que prontamente se engajaram na campanha (Foto: Divujlgação)

Uma forma de chamar a atenção e incentivar os pacientes a largarem o vício do tabaco, a Unidade de Saúde da Família (USF). Dr. Walfrido Azambuja, localizada no bairro Alves Pereira, localizado na região do Anhanduizinho, descobriu uma iniciativa curiosa e até mesmo muito criativa. A proposta da unidade é oferecer uma maçã em troca de um cigarro.

A ideia foi sugerida pela enfermeira Pâmela Ribeiro Ramos e abraçada por todos os servidores que prontamente se engajaram na campanha, conforme explica um gerente da unidade, Débora Carvalho.

“Nós pensamos em uma ação para fazer neste mês em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Fumo e então surgiu esta ideia e todos chamados muito animados. A iniciativa tem a participação de todos os servidores da unidade, a partir de uma produção dos cartazes e do pool para coleta do cigarro, até a contribuição para a compra das maçãs que são oferecidas aos pacientes”, diz.

Segundo a gerente, a adesão tem sido satisfatória, considerando que muitos pacientes relutam em dar o primeiro passo e se desfazer do cigarro. Até o momento, 15 cigarros já foram coletados.

A ação deve ocorrer durante todo o mês vigente e no dia 24 de agosto está programado no “Dia D” na unidade, com a participação de profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF).

Atualmente a unidade não conta com grupo de tabagismo, mas todos os pacientes são acolhidos e orientados de maneira individual. Os profissionais devem passar ainda por capacitação para que seja possível iniciar as atividades.

Tratamento

 A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) oferece tratamento para pacientes que desejam largar o vício da nicotina, por meio de acompanhamento com equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, farmacêuticos e outros.

O dependente pode procurar a unidade básica de saúde mais próxima da residência e será encaminhado para tratamento. Inicialmente, o paciente passa por uma avaliação para considerar se ele é um fumante leve, moderado ou pesado.

Após a avaliação, o tratamento consiste com consultas com consultas individuais ou de grupo de apoio, nas quais o paciente fumante entende o papel do cigarro na sua vida, recebe orientações de como deixar de fumar, como resistir à vontade de fumar e principalmente, como viver sem cigarro.

Em razão da pandemia de Covid-19, o atendimento ocorre de maneira individualizada em 17 unidades de saúde da Atenção Primária e no Centro de Especialidade Médicas (CEM), por meio de encaminhamento. O tratamento pode durar até um ano.

Tabagismo

 O tabagismo é uma doença causada pela dependência química da nicotina. Oferecer tratamento aos que desejam parar de fumar é uma importante estratégia de controle do tabagismo.

A dependência ocorre pela presença da nicotina nos produtos à base de tabaco. A dependência obriga os fumantes a inalarem mais de 4.720 substâncias tóxicas, como: monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, além de 43 substâncias cancerígenas, sendo as principais: arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, chumbo, resíduos de agrotóxicos e substâncias radioativas.

Algumas dessas substâncias tóxicas também são conhecidas como potenciais irritantes, pois produzem irritação nos olhos, no nariz e na garganta, além de paralisia nos cílios dos brônquios. Desse modo, o tabagismo é causa de aproximadamente 50 doenças, muitas delas incapacitantes e fatais, como câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas.

A nicotina presente no cigarro, por exemplo, ao ser inalada produz alterações no sistema nervoso central, modificando assim o estado emocional e comportamental dos indivíduos, da mesma forma como ocorre com a cocaína, heroína e álcool. Depois que a nicotina atinge o cérebro, entre sete a 19 segundos, libera várias substâncias (neurotransmissores) que são responsáveis por estimular a sensação de prazer que o fumante tem ao fumar. Com a inalação contínua da nicotina, o cérebro se adapta e passa a precisar de doses cada vez maiores para manter o mesmo nível de satisfação que tinha no início. Esse efeito é chamado de “tolerância à droga”. Com o passar do tempo, o fumante passa a ter necessidade de consumir cada vez mais cigarros. Com a dependência, cresce também o risco de se contrair doenças crônicas não transmissíveis, que podem levar à invalidez e à morte.

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